
Entrou no quarto, abriu a gaveta, pegou uma caixa, sentou-se e começou a olhar cada coisa que tinha lá dentro. Uma coisa lhe chamou a atenção, o rascunho de uma carta, desdobrou e começou a ler:
“…aqui eu estou bem, muito bem por sinal, pois sei que você está sempre perto de mim, nem que seja por pensamento.
Sinto saudades durante o dia, e durante a noite também. Mas também sei que a distância nos é favorável.
Lembra da primeira vez que nos vimos? Não sabia que ficaríamos tão juntos, que nos afeiçoaríamos tanto.
Lembra do Natal e do Ano Novo? O primeiro depois que nos conhecemos? Fomos na casa dos nossos amigos. Como foi legal! E as nossas viagens? De vez em quando achava que éramos loucos… mas são essas coisas que faz com que eu goste cada vez mais de você e do seu jeito.
Tenho certeza que logo poderemos estar juntos de novo, sem barreiras ou empecilhos, e sem medo…”
Dobrou novamente, guardou e fechou os olhos.
“… mas, custe o tempo
que custar, eu sei…”
(Maninho)