O beijo

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O beijo

Você lembra do seu primeiro beijo?

Faz tempo que foi o meu primeiro, tinha 11 anos, e a menina tinha a mesma idade, ou pouca coisa mais nova. O problema era que ela já sabia beijar, e, não sabia que eu não sabia. Entenderam? Mas pensei: “Vou fazer tudo o que ela fizer quem sabe me dou bem…” E assim fiz.

Interessante lembrar este momento, pensar que se passou tanto tempo, lembrar que fiquei com medo de que algo desse errado na hora, mas enfim deu tudo certo.

Este texto é para comemorar o dia Internacional do beijo, que é celebrado hoje, dia 13 de abril. Poucas são as datas tão gostosas de comemorar. Um beijo, em algumas situações, pode nos dizer tantas coisas…

A Origem do Beijo

Não existe um inventor do beijo, e nem uma data onde o costume começou, porém pesquisadores, cientistas e antropólogos têm por anos discutidos teorias de como esse costume começou. Inicialmente acredita-se que tenha se iniciado dentro de rituais religiosos antigos, em sinal de respeito, mas também é identificado como um fator cultural, onde as pessoas com a necessidade de demonstrar sinais de afeto pelos outros, usavam o beijo para se expressar.

E você? Já beijou hoje?

Feliz dia do beijo!

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Diálogos excêntrico II

Flickr.com/osanpo_traveller

Diálogos excêntrico II

Enquanto isso, dois caras conversam distraidamente no ônibus:

– Ela é só um petisquinho.
– Mas ele fica falando com ela a noite toda.
– Claro, durante o dia ele dá atenção pra mulher dele.
– Então é igual ao Alemão?
– Não, o Alemão só pega as novinhas pra sustentar.

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Mundo virtual

Flickr.com/sean lancaster

Mundo virtual

Entro apressado e com muita fome no café.

Escolho uma mesa bem afastada do movimento, pois quero aproveitar a folga para comer e passar um e-mail urgente para meu editor.

Peço uma porção de fritas, sanduíche de rosbife e um suco de laranja. Abro o notebook, e levo um susto com aquela voz baixinha atrás de mim.

– Tio, dá um trocado?

– Não tenho, menino.

– Só uma moedinha para comprar um pão.

Sem olhar para o garoto digo:

– Está bem, compro um para você.

Minha caixa de entrada está lotada de e-mails. Fico distraído olhando documentos, textos, planilhas e até uma apresentação em slides enquanto escuto a música que toca no local. Ah! Essa música me faz lembrar a última viagem para Londres.

– Tio, você pode pedir pra colocar margarina e queijo também?

Percebo que o menino tinha ficado ali.

– Ok.Vou pedir, mas depois me deixa trabalhar, estou ocupadíssimo.

Chega minha refeição e junto com ela meu constrangimento. Faço o pedido do menino,e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir “a luta”. Meus resquícios de consciência, me impedem de dizer qualquer coisa, então aceno para o garçom indicando que está tudo bem.

Deixe-o ficar, e pode trazer o pedido dele.

– Tio, você tem Internet?

– Tenho sim, essencial ao mundo de hoje.

– O que é Internet?

– É, onde podemos ver e ouvir notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, comprar, sonhar. Uma infinidade de possibilidades. Tem de tudo no um mundo virtual.

– E o que é virtual?

Resolvo dar uma explicação simplificada, na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.

– Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos a vida que gostaríamos de ter, e fazer aquilo gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que ele fosse.

– Legal isso. Adoro!

– Menino, você entendeu que é virtual?

– Sim, também vivo neste mundo virtual.

– Nossa! Você tem computador?

– Não, mas meu mundo também é desse jeito …..Virtual.

– Minha mãe trabalha, fica o dia todo fora, só chega muito tarde, quase não a vejo, eu fico cuidando do meu irmão pequeno que chora de fome e eu dou água para ele imaginar que é sopa, minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas não entendo pois ela sempre volta com o corpo, meu pai está na cadeia faz muito tempo, mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos, ceia de natal e eu indo ao colégio para virar médico um dia.

-ISSO É VIRTUAL, NÃO É TIO?

Fechei meu notebook, não antes que lágrimas caíssem sobre o teclado. Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e não percebemos.

Que esta pergunta sirva para uma profunda reflexão em nossas vidas.

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Por que não tenho habilitação?

FreeImages.com/Ross Brown

Por que não tenho habilitação?

Eu tenho 36 anos e não dirijo. Eu não tenho habilitação, carteira, carta de motorista. Não fiz CFC, não paguei quebra, nunca fiz uma baliza e também, nunca tirei um carro do ponto morto. E sem pretensões no momento.

Se me envergonho disso? Não. Sempre fui pra onde quis, de ônibus ou de carona. Não ter carro nunca me prendeu em casa.

Muita gente me pergunta porque eu não tiro a habilitação, que é fácil, que eu não posso viver sem carro e que um dia eu vou precisar.
 
 Já pensei, mas quando me vejo no banco de passageiro já entro em desespero, imagina como motorista. Acho que nenhum de vocês iriam gostar de mais um motorista e ainda por cima desesperado pelas ruas.

Abaixo replico a lista do BuzzFeed 21 perguntas para irritar alguém que não dirige, claro com algumas alterações, mas que responde muitas das perguntas que me fazem. Veja:

01. Mas porque não compra um carro? Financiar é fácil!
Mas por que eu compraria algo que não quero?

02. Então… tem motorista particular?
Tenho, e tenho vários. Alguns dirigem até Mercedes.

03. Também, você sempre teve alguém pra te dar carona, né?
Claro, sou um completo inútil.

04. Mas como você chega no trabalho?
Olha, de vassoura é que não é.

05. E se precisar viajar?
Ah, daí eu uso meu tapete voador.

06. Mas não demora muito pra se locomover?
Não, o trânsito de São Paulo é um exemplo de agilidade.

07. Então você é um desses ciclistas ativistas fanáticos?
Bicicleta eu até tenho, mas precisaria de dois dias para chegar ao trabalho pedalando.

08. Então você é contra os carros?
Não, só aos que eu tenha que dirigir.

09. Mas como você sai à noite?
Pela porta da minha casa. E com a vantagem de não precisar ser o motorista da rodada.

10. Mas como você aguenta o transporte público?
Volto a lembrar da delícia que é o trânsito na maioria das cidades.

11. Mas não é perigoso?
Conheço mais gente assaltada entrando ou saindo do carro, do que a pé.

12. E se passar mal e precisar ir pro hospital?
Ah, daí a melhor ideia é dirigir, realmente.

13. E se tiver que levar alguém pro hospital?
Essa pessoa estará mais segura se eu não dirigir.

14. Mas como você nunca aprendeu até agora?
Como você não aprendeu HTML? Inglês ou cozinhar?

15. Saber dirigir pode salvar sua vida, sabia?
Ou acabar com ela. Não é verdade?

16. E se der vontade de passar o fim de semana na praia?
Ah, se existisse um lugar chamado rodoviária onde tem vários ônibus saindo para vários destinos…

17. Não é um stress depender de transporte público?
Ah, sim. Já no trânsito todo mundo é zen.

18. Mas não sente falta de um veículo pra chamar de seu?
E de um seguro, uma revisão e um aluguel de garagem para chamar de minhas? Não.

19. Mas transporte público não é sujo, fedido?
O que exatamente você acha que respira quando está parado no trânsito?

20. E não se importa de parecer pobre?
Ótima essa pergunta. Vai ver são os mesmos que perguntam se não tenho medo de assalto.

21. E como você vai na academia?
Ah, isso aqui não é academia, são pernas de quem caminha muito.

Para ver o post original clique AQUI.

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Quem sou eu?

Quem sou eu?

Popularmente: Ronald, Ronaldinho, Little Ronald, ou simplesmente Rô.

Saiu da fábrica em: 20 de fevereiro de 1980.

Procedência: produto nacional, de São Paulo, Capital.

Pode ser encontrado: atualmente em Guarulhos, Aparecida e Mogi das Cruzes (SP), a preços populares. Moradores de outras cidades, estados ou países podem comprar pela internet através do www.ronaldosantos.com

Utilidade: produto bem adaptável às condições climáticas, sociais e afetivas. Serve como amigo, conselheiro, namorado, colega de trabalho, auxilia nos estudos, saco de pancadas, personal irritante e palhaço, às vezes.

Habilidades Básicas: fala (excessivamente, até sozinho), irrita exaustivamente, escreve textos de formatos e tipos variados, mexe os dois braços, e as duas pernas, e outras coisas também, faz suas necessidades fisiológicas como qualquer outro da sua espécie, sorri, ri, gargalha até doer o estômago, fica triste, chora (às vezes excessivamente também), fica estressado, em pânico e fadigado. Não se adapta facilmente à solidão, e desempenha melhor as suas funções se estiver acompanhado.

Idioma: Português PT-BR nativo.

Recursos extras: noções dramáticas, artísticas, e musicais. Vem com Web Designer e Designer Gráfico instalado, pilhas recarregáveis, graduação em Publicidade e Propaganda nas Faculdades Integradas Torricelli, pós-graduado em Design Instrucional no Centro Universitário Senac e pós-graduando em Cultura Teológica pela Universidade Católica Dom Bosco. Se bem cuidado, pode ser tornar altamente compreensivo e fiel.

Combustíveis: além de pilhas e rede elétrica, funciona muito bem a base de sopas, comida chinesa, massas, sorvete, sucos e saladas de frutas, comida caseira e um bom churrasco.

Manutenção: precisa ser levado ao cinema, teatros, shows, espetáculos, exposições, passear na Avenida Paulista ou ao Shopping. Se for levado para um bar ou balada, sua vida útil pode aumentar. Dê livros, páginas para escrever, e funções para cumprir, indique Séries de TV, permita que acesse a internet. Lave-o diariamente com água e sabonete, borrife alguma boa essência, deixe-o frequentar a academia, e, ouvir música deve ser um hábito diário.

Tipo de música recomendada para recarga: música boa, Pop Rock, MPB, Eletrônico, entre outras variedades de estilos. Funciona em potência máxima após ouvir Móveis Coloniais de Acajú, Audrey Assad, Jessie J, Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Maria Rita, Pato Fu, Silva, Cícero e etc..

Pode ser altamente danificado se: alimentado com goiaba, ovo, mudança brusca de temperatura, músicas de arranjos pobres, e letras de conteúdo chulo ou de duplo sentido, ou se não forem seguidas as dicas de manutenção já citadas.

Contra indicações: não é recomendado para pessoas mal-humoradas, incompreensivas, falsas, exibicionistas, fúteis ou que pensem ser o centro do universo.

Frequência de uso: pode ser usado diariamente, várias vezes ao dia. Não utilize só para se auto-beneficiar, nem o abandone por mais de 12 meses e/ou sem explicar por quê. Nesse caso a memória é programada para esquecer que você existe.

Prazo de validade: indeterminado (mas dura bastante).

Formas de reciclagem: em casos de danos graves, é necessário deixá-lo de molho e fazer uso de produtos bioquímicos. Em outros casos, um pedido de desculpa ou de perdão, acompanhado por um abraço, beijo ou aperto de mão geralmente é suficiente para que volte a funcionar.

Imagens do produto: disponíveis em Flickr

Quer saber mais? Entre em contato com a Central de Atendimento ao Consumidor. (Clique AQUI)

Trabalho

Trabalho

Desde junho de 2015 exercendo a função de Designer Multimídia Pleno para EaD na Universidade de Mogi das Cruzes. Antes disso, também na Universidade de Mogi das Cruzes,exerci a função de Designer Gráfico para EaD cuidando das apostilas digitais direcionadas aos alunos, além de suporte na área de artes gráficas do departamento.

Vida acadêmica

Pós graduando em Cultura Teológica na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Pós graduado em Designer Instrucional pelo Senac, Graduado em Publicidade e Propaganda, e Técnico em Web Designer e Designer Gráfico.

Diálogos excêntrico

Diálogos excêntrico

FreeImages.com/Haroldo Sena

No ônibus (a menina ao celular):

-Pão de leite sabe? Não!? 
-Igual pão doce. Você não conhece?
-Conhece pão francês, o de sal? 
-Então, ao contrário.

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O AMAR como ato

FreeImages.com/Ayhan YILDIZ

O AMAR como ato

Aquele que crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores que estas… (Jo 14, 12)”. Foi isso que Ele disse. E é muito simples pensar sobre isso. Mesmo que eu não tenha nenhum poder ou dom miraculoso. Jesus fluía, e ainda flui nos dias de hoje pois sua Palavra é viva, amor, e se seguimos o que ele nos ensina, o “Amarás teu próximo como a ti mesmo… (Mt 22, 39)” podemos realizar “curas” fabulosas.

Pensa comigo.

Se seguimos os ensinamentos do Cristo, perdoaremos, iremos em favor dos mais necessitados, não teremos preconceitos, seremos mais tolerantes.

Esqueceremos aquela frase “ame o pecador e não o pecado” que já entra no mérito do julgamento, afinal Ele também nos diz “Não julgueis, para não ser julgados… (Mt, 7, 1)” e só amaremos, independente de qualquer situação, de credo, de gênero, orientações, entre outros.

Essa é a parte mais difícil de seguir a Cristo, amar.

Igrejas não são importantes, dogmas não são importantes, denominações não são importantes. O que importa em segui-Lo é o AMAR.

Acabei de lembrar de uma música cantada pelo excelente Pe. Zezinho, que a história consiste em uma criança que pergunta para um adulto o que é preciso para ser feliz, e ele responde sabiamente “Amar como Jesus amou” e não, viva separado, recluso, toque na ferida, diga que você é o certo.

Ame, e cure com o seu amor.
Ame, e transforme com o seu amor.
Ame, e acolha com o seu amor.
Ame, e seja misericordioso.
Ame, somente ame.

FreeImages.com/Ayhan YILDIZ

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Passando de geração

Imagem: SXC.hu

Passando de geração

-Quando eu era pequena, mais ou menos uns 10 anos, seu avô se preparou para caçar, ele combinou com o vizinho da chácara ao lado que estaria às 20h na “espera” onde estava tudo preparado (espera: local, como o próprio nome diz, para esperar o animal, muitas vezes em cima das árvores, e no chão é colocado “iscas” para que o animal esperado caia na armadilha), cada um na sua, e o sinal para saber se o outro estava no local combinado era uma assovio característico com uma resposta posterior.

-Seu avô saiu de casa com a espingarda nas costas, chegando ao local colocou as iscas no chão perto da árvore e subiu para esperar. No horário combinado ouviu o sinal do companheiro, respondeu e foi respondido, e ficou por ali, despreocupado, atencioso e em silêncio para não assustar os animais da mata. De repente observou que um veado se aproximou, mas não da sua espera e sim da espera do outro, e comeu da isca deixada, percebeu que o amigo não fez nada, e ele também não podia fazer, a distância não deixaria que o tiro fosse preciso. O veado foi embora e logo chegou outro, impaciente assoviou novamente e foi respondido, pensou: “O cara ta lá e não faz nada? Tem algo errado ai…”

Resolveu descer da árvore e ir ao encontro do amigo, quando pisou no chão a folhas secas se levantaram como em um redemoinho e o envolveram, sentiu um arrepio, mas até ai tudo bem, ventava fraco aquela noite, foi em direção ao amigo, e no percurso sentiu que alguma coisa estava se aproximando e começou a rodia-lo, tentou correr, mas resolveu parar e começou a gritar: “Você está me sacaneando? Para com isso. Já perdemos duas caças. Correu até a outra espera, chamou pelo amigo, subiu na árvore e nada de encontrar o amigo, desceu e quando chegou ao chão aquela sensação de que tinha algo ali aumentou e que estava mais perto, não teve dúvidas, saiu correndo de volta para casa, e sentia que quanto mais corria, mais perto a “coisa” chegava perto dele, atravessou um rio, no reflexo da água viu um vulto, parou, olhou para trás, mas não via nada, cansado, mas já perto da estrada fora da floresta falou ofegante: “Quem é você? O que quer de mim?” E mais uma vez não houve resposta, irritado ele gritou: “Volte para a floresta e me deixe em paz! — então ouviu um forte grito, um grito misturado com uivo, e de tão forte teve que tapar os ouvidos com as mãos. Ao seu lado havia um pé de Embu carregado e verde que começou a balançar violentamente, e sem mais nem menos, em um estalo, começou a pegar fogo, ele olhava para aquilo sem entender, a árvore caiu quebrando no chão e por pouco não caiu em cima dele.

-Nervoso, assustado e cansado gritou: “Pelo amor de Deus, volte para o seu lugar, me deixe em paz. Só quero voltar pra casa!

-Tudo silenciou.

-Ele chegou em casa, sentou em uma cadeira e ficou ali, acordado a noite inteira, de manhã cedinho saiu e foi na casa do amigo, e lá o encontrou, ele disse que teve um problema com a esposa, e por isso não pode sair para caçar com seu avô.

-Seu avô pediu pra ele o acompanhasse para ver tudo o que havia acontecido, e por incrível que pareça todas as coisas estavam no seu devido lugar, até mesmo o pé de Embu, carregado e verde.

-Ele pensou que estava louco, mas seu amigo o advertiu: “Não se deve brincar, nem desafiar o espírito da floresta.”

– Nossa mãe, o vô passou por tudo isso? E será que é verdade?

-Claro que é, eu vi como ele ficou. E essa é apenas uma história das muitas outras que acontecem no interior.

-E a senhora acredita?

-Sempre, nunca duvidei do seu avô.

-Se é assim, eu também acredito.

Neste dia 31 de Outubro, dia daquela famosa festa nos EUA, venho republicar uma história que representa muito sobre o nosso folclore.

Baseado em fatos reais

Meu avô não era louco. Não não consumia bebida alcoólica, ou qualquer outro tipo de droga. E essa é uma pequena homenagem a ele, que está no céu. Que Deus o tenha.

Você sabia?

Pela Wikipédia:

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.

O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxónicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações pagãs dos antigos povos celtas.

Características do fato folclórico

Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características:

Tradicionalidade: vem se transmitindo geracionalmente.
Oralidade: é transmitido pela palavra falada.
Anonimato: não tem autoria.
Funcionalidade: existe uma razão para o fato acontecer.
Aceitação coletiva: há uma identificação de todos com o fato.
Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado.

As características de tradicionalidade, oralidade e anonimato podem não ser encontrados em todos os fatos folclóricos como no caso da literatura de cordel, no Brasil, onde o autor é identificado e a transmissão não é feita oralmente.

As manifestações folclóricas são: músicas, danças, usos e costumes, artesanato, crendices, superstições, festas, jogos, lendas, religiosidade, brincadeiras infantis, provérbios, mitos, adivinhações e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.

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